Entenda o que é o oceano azul e vermelho ao analisar o mercado em que a sua solução está inserida e por que isso é importante ao buscar investimento anjo.
Vários fatores são levados em conta ao avaliar uma startup para um possível investimento.
Um dos principais pontos é a análise de mercado. Não consideramos apenas o tamanho do mercado em que a startup está inserida, o que chamamos de TAM, SAM e SOM – mercado total, mercado endereçável e mercado acessível, respectivamente – mas também o panorama concorrencial.
Nesse contexto, exploramos os conceitos de Oceano Azul e Oceano Vermelho para avaliar o potencial de crescimento da solução e sua singularidade em um cenário de concorrência intensa.
Este artigo visa aprofundar-se nesses conceitos e demonstrar como se destacar ao buscar investimento anjo para sua startup.
Boa leitura!
Analisando o mercado de concorrência
Conforme mencionado anteriormente, há diversos fatores que consideramos ao analisar uma startup que nos procura em busca de investimento anjo.
Podemos citar, por exemplo:
- O produto e a tecnologia;
- Os fundadores e a equipe operacional;
- As métricas de desempenho;
- O mercado em que a solução está inserida;
- Entre outros.
Neste texto, vamos explorar especificamente a importância de analisar o mercado.
Não é surpresa para ninguém que hoje vivemos em um cenário de concorrência extrema e que muitos mercados já estão completamente saturados.
Isso não significa que seja impossível se destacar em mercados altamente competitivos ou, até mesmo, assumir uma posição de liderança dentro deles.
No entanto, não podemos ser ingênuos e ignorar o grau de dificuldade para alcançar esses resultados.
Por outro lado, soluções que se aventuram em mercados pouco explorados ou que inovam ao ponto de criar um mercado completamente novo têm chances maiores de se destacar e expandir o negócio.
Origem Oceano Azul e Vermelho
Os conceitos de Oceano Azul e Oceano Vermelho foram inicialmente explorados por W. Chan Kim e Renée Mauborgne, ambos professores de Estratégia e Gestão no INSEAD, no livro A Estratégia do Oceano Azul, publicado originalmente em 2004.
Para criar este livro, os professores analisaram dados reais de 150 empresas acumulados ao longo de anos de pesquisa, as quais atuam em mais de trinta áreas diferentes, com o objetivo de entender o que diferencia os negócios bem-sucedidos daqueles que fracassam.
Qual a diferença entre Oceano Azul e Oceano Vermelho
Ambos os conceitos são extremamente visuais, quase lúdicos. Para entendê-los, basta imaginar o oceano.
Ao visualizarmos um oceano azul, a sensação que nos ocorre é de calma e paz, enquanto ao imaginarmos um oceano vermelho, ao contrário do primeiro, nos remete a um cenário de luta e guerra.
Vamos, então, conectar essa visão imaginária com as características do mercado de negócios, trazendo assim um conceito mais tangível para a realidade das empresas.
Oceano Azul
Conforme apresentamos, o oceano azul representa um cenário de pacificidade e calma.
Dessa forma, um cenário de mercado com baixa competição, ou ainda não explorado.
Nesse contexto, não há necessariamente uma briga entre empresas por uma fatia do mercado, uma vez que há espaço o suficiente para as empresas que estão inseridas crescerem igualmente.
Além disso, o oceano azul muitas vezes está relacionado à inovação e à criação de novas demandas no mercado, o que amplia ainda mais a possibilidade de crescimento e sucesso para as empresas que ousam navegar por esse oceano inexplorado.
Porém, como podemos imaginar, descobrir os Oceanos Azuis exige um minucioso estudo do mercado já explorado.
É necessário compreender profundamente os desejos dos consumidores, as tendências emergentes e as lacunas não atendidas no mercado atual.
É um processo desafiador, porém, quando bem-sucedido, pode resultar em um crescimento exponencial para a empresa que trilha este caminho menos percorrido.
Oceano Vermelho
Por outro lado, o oceano vermelho evoca uma imagem de batalha e competição acirrada.
É o cenário dos mercados saturados, onde as empresas disputam ferozmente uma fatia limitada do mercado.
Nesse oceano, a competição é intensa, e as estratégias muitas vezes se concentram em superar os concorrentes existentes em termos de preço, qualidade ou diferenciação.
Estratégias como:
- Otimização de processos;
- Redução de custos;
- Melhorias incrementais;
- Fortalecimento do relacionamento com os clientes
São vitais para ganhar vantagem nesse ambiente altamente competitivo.
Entender o oceano vermelho requer uma análise profunda das estratégias dos concorrentes e das demandas atuais do mercado.
É um desafio complexo, mas, como mencionamos anteriormente, não é impossível obter relevância. Para isso, é necessário compreender e aplicar estratégias que permitam navegar nessas águas turbulentas e conquistar um posicionamento forte e bem-sucedido, mesmo em um oceano tão competitivo.
Aplicando a estratégia do Oceano Azul
De acordo com o livro que originou o termo, existem seis princípios que guiam a empresa em direção a um mercado de competitividade baixa – ou nula. São eles:
- Reconstruir as barreiras do mercado
É importante mapear o que as outras empresas já entregam para idealizar novas possibilidades não só na entrega do produto, mas no modelo de negócio ou qualquer outro aspecto empresarial que rompa com as fronteiras já existentes.
- Focar no panorama geral
Não apenas nos números. Ter acesso a dados é valioso, mas é essencial garantir que as tomadas de decisões sejam assertivas e objetivas.
- Ir além da demanda existente
Embora pareça contra-intuitivo, focar a solução naqueles que ainda não são clientes pode expandir ainda mais as fronteiras do negócio.
- Acertar uma boa sequência estratégica:
Inovar em toda a entrega de valor para o cliente, não apenas no produto em si, é vital. Mapear toda a experiência do cliente e planejar cada uma das entregas cria uma sequência estratégica eficaz.
- Superar as barreiras organizacionais:
Além da inovação no produto, inovar nos processos internos e tornar a experiência dos colaboradores única reflete em todas as outras entregas para o mercado.
- Alinhar estratégia e execução:
Um grande erro das empresas é separar a estratégia das ações práticas. É importante conectar o que a empresa quer fazer com o motivo pelo qual ela existe.
Uma boa prática é a utilização de OKRs. Essas metas são mais colaborativas e têm prazos mais curtos, tornando-se mais eficazes. Permitem uma resposta melhor e mais rápida, integrando a gestão diária às diretrizes de forma mais direta.
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